quinta-feira, 10 de junho de 2010

Deixe que digam, que pensem, que falem...

Alguns artistas nos mostram que a exibição estética não ocorre só no exterior e que também há arte no dissecar dos corpos, na divulgação do processo de transformação DURANTE uma cirurgia plástica, ou que, simplesmente, pode-se brincar com seu corpo utilizando a tecnologia como aliada no processo de extensão vital, promovendo assim, um diálogo contínuo entre máquina e humano. São os casos de Stelarc,Orlan e Hagens.

É O MANIFESTAR-SE ARTISTICAMENTE ATRAVÉS DO PRÓPRIO CORPO, sendo CAMP ou não...

terça-feira, 1 de junho de 2010

~♥~♥~♥~♥~♥~A pedagogia do corpo~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥~♥


Bioarte/ Body art
A pedagogia do corpo ou simplesmente: Arte da carne

Algumas dessas imagens servem com ilustração da discussão do texto "Bioarte-Estéticas de corpos mutantes", que nos mostram um ensaio do artigo dos autores Edvaldo Couto e Silvana Vilodre Gellner que explicam e analisam a construção do corpo em meio as transformações e emergências socias contemporâneas através da obra dos artistas: Stelarc,Orlan e Hagens. Estes exploram os corpos artisticamnete em função da chamada bioarte ou body art numa troca ascendente entre a carne (corpo) e a técnica (tecnologia), desvendando as mutações constantes focando o PROCESSO ao longo das modificações corporais em detrimento somente do PRODUTO o que muitas vezes não ocorre diretamente ao no meio social que modifica seu corpo - mesmo achando que não o faz - ao submetê-lo ao uso, introdução, manipulação ou enfeites de objetos, produtos e utensílios que causam alteração do modelo natural ou simplesmente, desvirginando-o orgânica e/ou físicamente em prol de um resultado somente.
Desde os povos mais antigos que pintavam seus corpos em rituais ou para a conquista do sexo oposto, passando pelas "tribos" de antigamente que escondiam ou eram marginalizadas por terem tatuagem, chegando aos dias de hoje que é considerado "fora da tribo" quem não possui esse adereço outrora fruto de tamanho preconceito, nas mais diversas civilizações ocorrem modificações corporais em função influências culturais ou com resposta uma suposta inclusão social do indivíduo.
Observa-se que tais transformações soam como resultado da progressiva valorização das formas provisórias, acarretando na incompletude corporal, e é isso mesmo que ocorre, principalmente nos dias de hoje, é o jogo do efêmero, da insatisfação, da não aceitaçaõ do natural, vamos ser CAMP? lotar as clínicas cirúrgicas, mexer ali, retorcer dali, tirar de lá pra botar mais cá, mas cuidado, pra não deixar cair...........
Toadavia, existem também os adeptos das transformações corporais em função de uma quebra de paradigmas, do culto ao diferente, mas péra aí, diferente de quê? de quem? Aquele que lhe estica os lábios inferiores a ponto
de introduzir um prato nada mais é, do que resposta a sua cultura, o que parece estranho a outros, assim como ter pescoços esticados ou escarificações que são marcas feitas com cortes na pele que registram fases importantes na vida de uma mulher, são vistos natural e belamente a estes povos, enfim , cada qual com sua cultura. Deixe que digam, que pensem, que falem...



#######C A M P #######


Você é camp? Ser ou não ser camp????!!!! Mas, o que é camp???
Se pensarmos na forma natural do ser (mesmo levando em consideração que "somos produtos do meio social"), não somos, nesse caso, tido como "personagens", é a identidade real da pessoa, sua forma mais idiossincrática de ser, isso não é camp, contudo,
quando se trata de algo considerado artificial, forçado, representando aquilo que realmente não o é na sua essência, diga-se FAKE, aí sim é CAMP, como aborda Susan Sontang no seu texto, Notas sobre camp.
parafraseando caetano: "o mau é bom e o bem é cruel...", ou nas palavras de Susan:
"É BOM PORQUE É HORRÍVEL!!"