quinta-feira, 27 de maio de 2010

Na última semaninha em cartaz fui assistir a peça As Feministas de Muzenza - Uma comédia afro baiana. Com direção de Luís Bandeira, a história se passa na cidade de Muzenza, onde um grupo de mulheres se une para fazer um movimento feminista e avaliam o comportamento machista no crescimento turístico da cidade, porém encontram resistência de outras mulheres da própria comunidade que defendem os homens para desespero do Padre Alípio e do seu sacristão Francelino. Detalhe: todas as personagens são homens travestidos, resultado: risos do início ao fim!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem disse que não se aprende brincando??

O lúdico está relacionado ao prazer, a originalidade, a brincadeiras que por sua vez trazem divertimento, auxiliam na construção de representações e significados das pessoas, sejam elas crianças ou adultos, pois entretém, desenvolvem a autonomia e provem aprendizado de forma descontraída, afinal, quem disse que não se aprende brincando?? Pensadores como Piaget e Vygotsky defendem a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil e aquisição de conhecimentos, sejam an interação com objetos ou na socialização com outros.
Isso não quer dizer que tudo são flores, no lúdico também há prescrições a serem seguidas, pois toda brinacadeira ou jogo tem suas regras. Contudo, devido a ludicidade presente, estas normas não são impostas de forma rígida, são flexíveis, mas ao mesmo tempo disciplinadoras, para assim criança perceber que há a vez de cada um, que todos tem seu espaçoe que existem exemplos a serem seguidos para que o jogo ocorra. Entretanto, mesmo antes de se perder a infância, vamos perdendo essa ludicidade suprimida pelo rigor das escolas, na redução do horário do recreio, agora chamado de intervalo, e na castração do imaginário infantil com programas de TV que não mais alimentam a infantilização lendária. As instiuições querem moldar um adulto produtivo, trabalhador, sério, o quanto antes, por isso: "menina largue esse boneca e vá ajudar sua mãe na cozinha!". No entanto é preciso ter prazer pelas coisas. ser sério não quer dizer oposição a diversão, entretenimento...brincando também se aprende! A criança experimenta no brincar os vários papéis que pode exercer na sociedade, internalizando algumas regras de conduta valores que norteiem seu comportamento. Afinal, elas podem aprender de forma divertida, criativa, sem cobrança, sendo a maneira maneira ideal de introduzir um novo conteúdo, pois ocorrerá com prazer! O lúdico deve estar presente na vida de todos nós, pois é o que dá sentido a toda privação, esforço e dedicação, após renúncias, e abdicações em prol da meta estabelecida. Do que adianta o prazer efêmero se não abdicarmos de algo por instantes em prol do prazer perene?
QUE TAL VIVER DIAS IGUAIS DE FORMAS DIFERENTES??
SÓ DEPENDE DE VOCÊ!!!!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A beleza, OU NÃO, da estética...

As pulguinhas voltaram outra vez e na aula de hoje discutimos sobre o conceito de estética e suas vertentes diante dos fatos, das coisas e sobretudo da vida! O prof. Edvaldo nos trouxe a visão do filósofo Emanuel Kant diante disso e para este não dá para discutir a estética centrado somente nos objetos. É necessário que ela seja percebida, caso contrário não há beleza alguma para ser contemplada. De que adianta ter o por-do-sol, um jardim florido ou uma pintura senão tem quem a admire? As pessoas andam atarefadas demais com suas atribulações e com isso, deixam que a vida passe acompanhada de suas coisas belas sem que, ao menos, elas, nós, percebamos o quão belo estamos desperdiçando...Com isso, verifica-se que o campo da estética é algo extremamnete subjetivo, pois o que é belo para um não o é para o outro...cada um a percebe de seu modo, de acordo com seu contexto e sobretudo, de acordo com aquilo que lhe foi ensinado a enxergar. Sim, a estétic pode ser ensinada! Existe toda uma pedadogia da beleza para que paremos e possamos contemplar algo, não necessariamnete pelo seu lado bonito, belo, mas que tenhamos aquele START ou mesmo uma sensação de estranhamento, momento este que lhe provoca uma crise existencial e você pára e pensa: -Nunca parei pra pensar nisso! É essa a intenção da estética, lhe instigar a pensar no diferente daquilo que voce acha já conhecer ou que provavelmente passaria despercebido por se tratar de algo do cotidiano ou que, na correria do dia-a-dia e diante de tamanhas atribulações e problemas diários, não nos demos ao luxo de percebê-la.


É necessário que se tenha essa pedagogia da estética para que se ensine desde cedo nas escolas a aguçar a percepção humana, pois isso não é algo nato, precisa ser trabalhado e lapidado muitas vezes. Portanto, é função da escola ensinar as pessoas a ver, olhar e perceber o lado estético das coisas, sem ser narcisista ao extremo levando tudo ao mar de rosas, pois nem tudo são flores e por mais cinza que as coisas sejam (Kant), não precisamos passar pela vida indiferentes a isso. Daí entra também a função da arte, que é causar o encantamento das coisas fazendo com que o indivíduo eleve sua auto-estima mesmo diante das frustrações e encontre na arte e no lúdico a válvula de escape para não pirar de vez!!! Saibemos apreciar cada momento....adianta só reclamar?
Afinal, é prec
iso sabe viver...


"VIVA" O TEATRO!!!

Pra quem vive em Salvador e dizer que nunca assistiu uma peça teatral da CIA Baiana de Patifaria é quase impossível!!!É mais fácil um cidadão soteropolitano ter conferido a peça A bofetada que ficou em cartaz há mais de dez anos do que ter visitado o Pelourinho....mas acho que fui uma das exceções, quer dizer, nem tanto, já que ano passado finalmente pude assistir a tão comentada comédiano no teatro Acbeu!!! Sempre ouvir falar dos escrachos dos atores, principalmente em relação a plateia, por essa razão mesma, procurei ir discreta e sentar-me quietinha....Ri muito com a personagem Fanta e os demais "patifes" que transformam o cotodiano brasileiro, e sobretudo baiano, em muito humor!

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Pois bem,mesmo passado algum tempo já estava contagiada pelo humor e esquetes da cia de patifaria e fui conferir dessa vez Siricotico, Uma Comédia do Balacobaco no teatro Isba. Mas dessa vez não achei tão legal assim....os atores eram os mesmos, porém, os personagens deveriam ser outros... o que eu vi, foram escrachos e jargões já clichês da CIA e nada menos que uma história em torno das aventuras de uma trupe teatral chamada Os Tartufo que queriam estrear sua peça com sucesso. Salvo pela agilidade e identidades dos mais de vinte trocas de personagens realizadas. Contudo, admiro muito a Cia Baiana de Patifaria que sempre mantém peças em cartaz por longas temporadas, percorrendo outros estados brasileiros, além da grande sacada dos caras de empreendedorismo e criatividade trazendo ao público críticas sutis, outras nem tanto assim e tudo regado ao besteirol mais gostoso de se prestigiar.

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No último dia em cartaz, fui conferir a peça Vestido de Noiva promovida pelo curso Livre de Teatro da UFBA baseada na obra de Nelson Rodrigues no Teatro Martim Gonçalves. Centrada na trama dramatúrgica e trazendo elementos da memória e psiqué humana, a peça busca o inconsciente e faz uso recorrente do flashback. Foi encenada pela primeira vez em 1943 e apresent três planos que se intercalam: alucinação, realidade e a memória.
A história se passa em torno de Alaíde que foi atropelada e durante internamento no hospital, relembra dos conflitos vividos com a irmã pelo mesmo namorado, cujas brigas eram constantes e intercalava com diálogos travados com uma cafetina francesa.
Vale apena conferir quando voltar em cartaz!