terça-feira, 11 de maio de 2010

"VIVA" O TEATRO!!!

Pra quem vive em Salvador e dizer que nunca assistiu uma peça teatral da CIA Baiana de Patifaria é quase impossível!!!É mais fácil um cidadão soteropolitano ter conferido a peça A bofetada que ficou em cartaz há mais de dez anos do que ter visitado o Pelourinho....mas acho que fui uma das exceções, quer dizer, nem tanto, já que ano passado finalmente pude assistir a tão comentada comédiano no teatro Acbeu!!! Sempre ouvir falar dos escrachos dos atores, principalmente em relação a plateia, por essa razão mesma, procurei ir discreta e sentar-me quietinha....Ri muito com a personagem Fanta e os demais "patifes" que transformam o cotodiano brasileiro, e sobretudo baiano, em muito humor!

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Pois bem,mesmo passado algum tempo já estava contagiada pelo humor e esquetes da cia de patifaria e fui conferir dessa vez Siricotico, Uma Comédia do Balacobaco no teatro Isba. Mas dessa vez não achei tão legal assim....os atores eram os mesmos, porém, os personagens deveriam ser outros... o que eu vi, foram escrachos e jargões já clichês da CIA e nada menos que uma história em torno das aventuras de uma trupe teatral chamada Os Tartufo que queriam estrear sua peça com sucesso. Salvo pela agilidade e identidades dos mais de vinte trocas de personagens realizadas. Contudo, admiro muito a Cia Baiana de Patifaria que sempre mantém peças em cartaz por longas temporadas, percorrendo outros estados brasileiros, além da grande sacada dos caras de empreendedorismo e criatividade trazendo ao público críticas sutis, outras nem tanto assim e tudo regado ao besteirol mais gostoso de se prestigiar.

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No último dia em cartaz, fui conferir a peça Vestido de Noiva promovida pelo curso Livre de Teatro da UFBA baseada na obra de Nelson Rodrigues no Teatro Martim Gonçalves. Centrada na trama dramatúrgica e trazendo elementos da memória e psiqué humana, a peça busca o inconsciente e faz uso recorrente do flashback. Foi encenada pela primeira vez em 1943 e apresent três planos que se intercalam: alucinação, realidade e a memória.
A história se passa em torno de Alaíde que foi atropelada e durante internamento no hospital, relembra dos conflitos vividos com a irmã pelo mesmo namorado, cujas brigas eram constantes e intercalava com diálogos travados com uma cafetina francesa.
Vale apena conferir quando voltar em cartaz!




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